Este estudo baseia-se na ideia, bem fundamentada na literatura, de que o comportamento sedentário (isto é, permanecer sentado ou reclinado com um baixo gasto energético [≤ 1,5 MET’s] enquanto acordado), nomeadamente um perfil de acumulação prolongada deste comportamento (com menos interrupções) é prejudicial à saúde, independentemente da atividade física praticada. No entanto, ainda não existem recomendações específicas sobre a forma como os trabalhadores devem permanecer (ou não) sentados durante um dia de trabalho, para evitar os efeitos nocivos na saúde, uma vez que existem poucos estudos experimentais que possam guiar os profissionais de saúde nesta recomendação.
Uma das alternativas propostas por várias investigações tem sido o uso de mesas ajustáveis à altura do usuário (sit-stand desks), permitindo a alternância entre a posição sentada e a posição de pé e vice-versa. Esta estratégia permite não só minimizar o impacto negativo na saúde decorrente do tempo passado sentado de forma prolongada, como parece beneficiar a própria produtividade, perceção de bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores. Por estas razões e porque em Portugal não existe nenhuma intervenção desta natureza em adultos, torna-se premente um estudo de intervenção, onde seja possível comparar os efeitos do uso destas mesas (grupo intervenção), com um grupo que não as usa (grupo controlo), para conseguirmos determinar o efeito protetor quer em diversos comportamentos de saúde, quer na produtividade dos trabalhadores.